quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Votar em palhaço é um modo válido de protestar?

Quem ri por último.

Melhor que protestar votando é fazer um voto consciente àquele candidato que mais tiver, do ponto de vista social, o melhor plano de governo. Para isso, é importante avaliar o histórico político do candidato, bem como suas contribuições e intenções em prol do bem comum, porque isso é política.
Se queremos uma manifestação de protestos, esta deveria acontecer bem longe das urnas. Sua eficácia, normalmente se dá ante o reduto daqueles que foram eleitos, ou seja, seus cômodos gabinetes. Ou, lotando ruas e avenidas, clementes por justiça, ordem e renovação, tal qual os “caras-pintadas” da década de 90. Mas isso, quase não se vê mais. Estamos perdendo a noção do poder que temos em nossas mãos, unidos por um mesmo ideal de igualdade. Pior que isso, não estamos sabendo como usar esse poder, ou, como e quando reivindicar.
Neste país democrático, no qual um palhaço pode projetar-se na carreira política, podemos ser aqueles que riem descompromissados ao eleger um especialista em arrancar risadas e achar, que com isso mostramos alguma revelia ao Estado, mas também, e por isso, somos aqueles de quem se é rido, posto que o fato ocupou lugar de destaque na mídia internacional e a graça disso tudo, reside em pagarmos o salário de um palhaço que não nos pode fazer rir. Não, ocupando um cargo político.
Um partido que coloca um palhaço como um dos seus mais fortes concorrentes para um determinado cargo é porque antevê uma população politicamente desinteressada e desinformada. Uma parte do povo, por sua vez, que considera a política demasiadamente medíocre, desacreditada e corrupta, assim intenta demonstrar sua insatisfação: elegendo um tipo desses. Temos, então, um círculo vicioso: na tentativa, ainda que sincera de protestar, votando errado, o que conseguimos, de fato, é nos mantermos cada vez mais subestimados.
Portanto, só poderemos provocar mudanças, votando de maneira consciente, preocupados em trazer à bancada dos governantes alguém que possa nos representar seriamente, de outro modo, é desperdiçar o nosso direito ao voto, e dar motivos para que “alguém” ria de nós por último.

contribuição de  ALMEIDA, C.

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